El burnout en los profesores que trabajan con multideficientes

  1. Oliveira, Lidia Margarida Rodrigues
Zuzendaria:
  1. Florencio Vicente Castro Zuzendaria

Defentsa unibertsitatea: Universidad de Extremadura

Fecha de defensa: 2014(e)ko martxoa-(a)k 17

Epaimahaia:
  1. Víctor Santiuste Presidentea
  2. María Isabel Ruiz Fernández Idazkaria
  3. Joao Rosado de Miranda Justo Kidea
  4. David Padilla Góngora Kidea
  5. Silvio Manuel da Rocha Brito Kidea

Mota: Tesia

Teseo: 359393 DIALNET

Laburpena

Neste estudo pretendermos analisar se os professores de educação especial no enfrentamento de situações stressantes nos cuidados prestados às crianças com multideficiência, nas unidades de apoio especializado, evidenciavam sintomas característicos do esgotamento excessivo, o burnout, e ao analisar os resultados do estudo estatístico, descobrir onde estes apresentam as maiores discrepâncias a fim de os evitar. Partimos do pressuposto que os conceitos relacionados com a insatisfação com a vida, a perda da autoestima bem como a exaustão emocional, a despersonalização ou a falta de realização pessoal potenciam o aparecimento do burnout na profissão docente, que é cada vez mais desgastante. Estes pressupostos fundamentam-se num questionário, por nós entregue aos cem profissionais de educação especial e aos cinquenta profissionais que no ensino regular trabalhavam com alunos multideficientes e na reflexão da literatura consultada. Cabe aqui notar que o interesse no estudo foi motivado, de um lado, por considerarmos que o melhoramento da saúde docente vem a propiciar um relacionamento entre professor-aluno mais adequado, vindo a se refletir nas condições educacionais e, de outro lado, por acreditarmos ser possível, na profissão docente, o desgaste excessivo resultante do cuidado prestado ao aluno multideficiente. Na análise dos resultados verificámos que os professores de educação especial evidenciavam transtornos característicos do stress, apresentando elevada exaustão emocional (46%), níveis médios na despersonalização (43%) e na realização pessoal (36%) em relação ao burnout. Relativamente aos professores do ensino regular estes apresentavam valores mais elevados de exaustão emocional (63%) e de despersonalização (53%) e reduzida realização pessoal (53%). Estes resultados são preocupantes na educação, principalmente no que diz respeito à despersonalização, dimensão que aponta para um comportamento marcado pelo distanciamento e atitudes negativas. Por fim, constatou-se uma a maioria dos professores de educação especial que trabalham com crianças multideficientes apresentam estarem satisfeitos com a vida (61%) e revelam elevada autoestima (87%) contrariamente aos outros professores que apresentam elevados níveis de insatisfação (78%) e reduzida autoestima (62%). Acreditamos que apesar de ser atribuído aos professores de educação especial grande responsabilidade na educação dos alunos multideficientes, eles recebem gratificação em termos pessoais no seu apoio direto a estes alunos que derrubam qualquer tipo de obstáculos, apesar das recentes mudanças no âmbito das escolas voltadas para a efetiva inclusão dos alunos com multideficiência.