Adhesión al régimen terapéuticotransición de la oxigenterapia para a ventilación no invasiva en pacientes com dolencia pulmonar obstructiva crónica

  1. Pinto Morais, António José
Dirigida por:
  1. Florencio Vicente Castro Director/a
  2. Paulo Joaquím Pina Queirós Codirector/a

Universidad de defensa: Universidad de Extremadura

Fecha de defensa: 14 de junio de 2011

Tribunal:
  1. Gabriella Pravettoni Presidente/a
  2. Antonio Ricardo Santos Fadista de Mira Secretario/a
  3. Susana Sánchez Herrera Vocal
  4. Antonio Mesonero Valhondo Vocal
  5. Víctor Santiuste Vocal

Tipo: Tesis

Teseo: 309897 DIALNET lock_openTESEO editor

Resumen

A falta de adesão dos doentes crónicos aos regimes terapêuticos de longo termo continua a ser elevada, constituindo, mesmo nos países desenvolvidos, um problema sério, de magnitude alarmante. Este estudo procura obter, a partir das vivências das pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) submetidas à ventilação não invasiva (VNI) e das pessoas que lhe estão mais próximas ou lhe são mais significativas, a construção de uma estrutura teórica coerente e sólida sobre o processo de adesão ao regime terapêutico na doença crónica. Para o efeito a abordagem metodológica utilizada enquadra-se no paradigma qualitativo, recorrendo-se à Grounded Theory desenvolvida originalmente por Glaser e Strauss. A recolha de dados foi realizada durante dois períodos distintos, o primeiro entre Novembro de 2009 e Março de 2010 e o segundo entre Setembro e Dezembro de 2010, tendo recorrido à observação e à entrevista. Os participantes deram origem a três grupos amostrais: os doentes com DPOC submetidos à VNI, os cuidadores familiares e os profissionais de saúde. A análise dos dados foi feita pelo método de comparação constante por grupo amostral, adoptando-se os princípios e regras de codificação aberta, axial e selectiva e a triangulação de dados. Como resultado final da pesquisa concluiu-se que, a adesão da pessoa com doença pulmonar obstrutiva crónica ao regime terapêutico processa-se num domínio de intervenção multidisciplinar, numa estrutura constituída por cinco dimensões: conscientização, aceitação, implementação, reestruturação e manutenção. Este resultado reflecte as seguintes considerações: 1 - O tempo investido na conscientização vai no sentido de alterar as percepções ou significações sobre a gravidade e vulnerabilidade à doença, os ganhos de saúde em implementar a VNI do domicílio e os riscos da não adesão. 2 - Esta tomada de consciência é facilitadora da aceitação do regime terapêutico, caracterizada pela integração da doença e do regime terapêutico, pela adaptação à máscara. 3 - A implementação da VNI no domicílio determina mudanças profundas na organização familiar, no sentido de garantir a estabilidade e a sobrevivência familiar. 4 - Por fim, para manter a adesão ao regime terapêutico torna-se necessário a realização de visitas domiciliárias regulares. Ainda, no âmbito das conclusões devemos salientar: - A VNI é iniciada devido ao agravamento da DPOC, caracterizada pelos doentes pelo cansaço, falta de força e falta de ar; - Os benefícios referidos são a redução da fadiga, a melhoria do sono e do aspecto físico, o aumento da força e a diminuição da dispneia; - As dificuldades sentidas são o desconforto, os ruídos e a intolerância à máscara e ao ventilador; - A família e os vizinhos são recursos importantes na realização das actividades de vida diária, das actividades instrumentais de vida diária e na gestão do regime terapêutico; - A adaptação à máscara e ao ventilador em contexto hospitalar é apontada como fundamental no processo de aceitação deste regime terapêutico; - O envolvimento do familiar cuidador na preparação do regresso a casa e nas acções de ensino, instrução e treino são requisitos para a sua implementação domiciliária; - A introdução da VNI no domicílio implica alterações nas funções e tarefas; - O apoio domiciliário técnico/ formal é apresentado com um meio importante para manter a VNI.