Caracterização e problemas atuais do barranquenhocontribuições para uma política de revitalização

  1. Navas Sánchez-Élez, María Victoria 1
  2. Gonçalves, Maria Filomena 2
  1. 1 Universidad Complutense de Madrid / Centro de Linguística da Universidade de Lisboa
  2. 2 Universidade de Évora-ECS-DLL / Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora
Revista:
Estudos de lingüística galega

ISSN: 1889-2566

Año de publicación: 2020

Número: 12

Páginas: 179-199

Tipo: Artículo

DOI: 10.15304/ELG.12.6040 DIALNET GOOGLE SCHOLAR lock_openAcceso abierto editor

Otras publicaciones en: Estudos de lingüística galega

Resumen

In this article, we analyze the current situation—resting upon centuries-old contacts between Portuguese and Spanish—of a hybrid linguistic variant spoken in the Alentejo region, i.e., Barranquenho. Additionally, we propose a revision of the status and typology that up until now have been attributed to this variant—also referred to as dialect, border language, or raiana ("border line" or "strip" language)— that, due to its characteristics, should be considered as a contact language, a minority language, a endangered language, and a language on the brink of extinction. As for our methodological approach, we compiled various sources on Barranquenho, as well as data gathered from research and surveys conducted in Barrancos aimed at ascertaining the perception that people living outside the community of its speakers have of Barranquenho.  Furthermore, we have also examined the linguistic awareness that speakers of Barranquenho have of their own language.  Our research is thus a contribution to studies aimed at recognizing Barranquenho as a lato sensu language while calling upon the need for a linguistic policy and planning aimed at preserving it from extinction.

Referencias bibliográficas

  • Adragão, José Victor. 1978. Rapports locuteur-côde: un cas de choix libre? Em Alberto Varvaro (Ed.), Atti XIV Congresso Internazionale di Linguistica e Filologia Romanza, vol. II. 565-575. Napoli / Amsterdam: Gaetano Macchiaroli / John Benjamins. https://doi.org/10.1075/z.9.ii44rap
  • Alvar, Manuel. 1996. Barranqueño. Em Manuel Alvar, Manual de dialectología hispánica. El español de España. 259-262. Barcelona: Ariel.
  • Aramburu, Fernando. 2018. La identidad es una necesidad básica del ser humano. El País, 32. (04/03/2018).
  • Bakker, Peter. 2015. Typology of mixed languages. Em Alexandra Yurievna Aikhenvald & Robert Malcom Ward Dixon (Eds.), The Cambridge handbook of linguistic typology. 217-253. Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/9781316135716.008
  • Bastos, Cristiana Lage David & Pedro Duarte Alves de Lara Everard. 1982. Da antropologia ao antropólogo: Barrancos de um percurso. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. (Texto inédito).
  • Bastos, Cristiana. 1998. (In)visible borders: ideologies of sameness and otherness in a Portuguese context. Portuguese Literary & Cultural Studies. Fronteiras/Borders 1, 19-32.
  • Brissos, Fernando. 2017. Materiais relativos ao barranquenho recolhidos para o Atlas Linguístico de Portugal e da Galiza. Em Congresso Internacional O barranquenho, ponte entre línguas e culturas. Passado, presente e futuro. Barrancos, 2 de Junho de 2017. (Comunicação inédita).
  • Capucha, Luís Manuel A. 1994-1995. O espelho quebrado: versus e reversus nas tauromaquias populares. Mediterrâneo 5-6, 33-57.
  • Carvalho, Ana Maria (Org.). 2009. Português em contato. Linguística Luso-Brasileira 2. Frankfurt am Main: Vervuert Verlag. https://doi.org/10.31819/9783964563002
  • Carvalho, Ana Maria & Dante Lucchesi. 2016. Portuguese in contact. Em Willem Leo Wetzels / Sergio Menuzzi & João Costa (Eds.), The Handbook of Portuguese Linguistics. 41-55. Malden / Oxford: Wiley Blackwell. https://doi.org/10.1002/9781118791844.ch3
  • Clements, Joseph Clancy. 2009. Barranquenho. Em The Linguistic Legacy of Spanish and Portuguese: Colonial expansion and language change. 190-209. Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9780511576171.009
  • Clements, Joseph Clancy / Patrícia Amaral & Ana Luís. 2007. El barranqueño: una lengua de contacto en Iberia. Estudios Portugueses: Revista de Filologia Portuguesa 7, 37-46.
  • Clements, Joseph Clancy / Patrícia Amaral & Ana Luís. 2008. Cultural identity and the structure of a mixed language: The case of Barranquenho. Em Proceedings of the Annual Meeting of the Berkeley Linguistics Society (BLS) 34, Special session on Pidgins, Creoles, and Mixed Languages. http://linguistics.berkeley.edu/bls/previous_proceedings/bls34.pdf (14/03/2018).
  • Clements, Joseph Clancy / Patrícia Amaral & Ana Luís. 2011. Spanish in contact with Portuguese: The case of Barranquenho. Em Manuel Díaz-Campos (Ed.), The Handbook of Hispanic Sociolinguistics. 395-417. Oxford: Blackwell Handbooks in Linguistics. https://doi.org/10.1002/9781444393446.ch19 (16/03/2019).
  • Coelho, Adelino de Matos. 1986. O Castelo de Noudar fortaleza medieval. Lisboa: Câmara Municipal de Barrancos.
  • Correia, Victor Manuel Diogo. 2017. O barranquenho: vantagens de uma convenção ortográfica. Em Congresso Internacional - O barranquenho: ponte entre línguas e culturas. Passado presente e futuro. Barrancos, 2 de Junho de 2017. (Comunicação inédita).
  • Correia, Victor Manuel Diogo. 2019. O barranquenho: urgência de uma política linguística? Revista de Filología Románica 36, 169-178. https://doi.org/10.5209/RFRM.63511
  • Cosme, João. 2001. Fontes para a história de Barrancos. Registos paroquiais (1674-1704). Barrancos: Câmara Municipal de Barrancos.
  • Decreto nº 303/VII – Reconhecimento oficial de direitos linguísticos da comunidade mirandesa, II Série – nº 29, 786. http://debates.parlamento.pt/catalogo/r3/dar/s2a/07/04/028/1999-01-09/786?pgs=786&org=PLC (12/02/2018).
  • De pueblo en pueblo. Canal Extremadura. http://www.canalextremadura.es/alacarta/tv/videos/de-pueblo-en-pueblo-170915 (05/02/2018).
  • Deumert, Andrea. 2009. Language planning and policy. Em Rajend Mesthrie / Joan Swann / Ana Deumert & William L. Leap, Introducing Sociolinguistics. 2ª edn. 384-418. Amsterdam / Edinburgh: John Benjamins / Edinburgh University Press.
  • Elizaincín, Adolfo. 1992. Dialectos en contacto: español y portugués en España y América. Montevideo: Arca.
  • European Charter for Regional and Minority Languages, Série des traités européens, nº 148, Strasbourg, 5.11.1992 (publicada em versão espanhola oficial como Carta europea de las lenguas regionales y minoritarias, em Boletín Oficial del Estado, 5 de setembro 2001). https://www.boe.es/boe/dias/2001/09/15/pdfs/A34733-34749.pdf (12/02/2018).
  • Fernández Rei, Francisco. 2014. O barranqueño terceira lingua oficial de Portugal? ProLingua. https://www.facebook.com/Prolinguagalega/posts/10152770059504300 (22/11/2018).
  • Ferreira, Manuela Barros & Domingos Raposo (Coords.). 1999. Convenção ortográfica da língua mirandesa. Miranda do Douro / Lisboa: Câmara Municipal de Miranda do Douro / Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.
  • Ferreira, Vera. 2017. Da auto-discriminação à revitalização: a importância da documentação e envolvimento comunitário no processo de revitalização do minderico. Em Congresso Internacional O barranquenho, ponte entre línguas e culturas. Passado, presente e futuro. Barrancos, 2 de Junho de 2017. (Comunicação inédita).
  • Ferreira, Vera & Peter Bouda. 2009. Minderico: an endangered language in Portugal. Em Peter Kenneth Austin / Oliver Bond / Monik Charette / David Nathan & Peter Sells (Eds.), Proceedings of Conference on Language Documentation and Linguistic Theory 2. 95-106. London: SOAS.
  • Ferreira, Vera / Peter Bouda / Paulo Carvalho Vicente & Ilona Schulze. 2015. Dicionário bilingue. Piação-Português. Fátima: Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social (CIDLeS).
  • Franco, Norberto. 2005. O porquê de Barrancos. A cultura, a história, os touros, o direito. 2ª edn. Barrancos: Município de Barrancos.
  • Golovko, E. V. 2003. Language contact and group identity: The role of 'folk' linguistic engineering. Em Yaron Matras & Peter Bakker (Eds.), The mixed language debate: Theoretical and empirical advances). 177-208. Berlin: Mouton de Gruyter.
  • Jones, Meirion Prys. 2013. As línguas ameaçadas de extinção e a diversidade linguística na União Europeia. Parlamento Europeu: Direcção-Geral das Políticas Interiores / Departamento Temático B (Políticas estruturais e de coesão). http://www.europarl.europa.eu/studies (12/06/2018).
  • Keating, Clara & Vera Ferreira. 2017. Multilingualism and linguistic diversity in Portugal: Speakers, Knowledge and Dynamics. Em The New Speakers Network. Final Action Conference. Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. (Conferência inédita).
  • Lagares, Xoán Carlos. 2018. Qual política linguística? Desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo: Parábola.
  • Language diversity. União Europeia. http://language-diversity.eu/en/about-us/who-we-are/ (18/02/2018).
  • Matras, Yaron & Peter Bakker (Eds.). 2003. The mixed language debate: Theoretical and empirical advances. Trends in Linguistics. Studies and Monographs 145. Berlin: Mouton de Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110197242
  • Meakens, Felicity. 2018. Mixed languages. Em Oxford Research Enciclopedias: Literature. 1-29. Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/acrefore/9780199384655.013.151
  • Mesthrie, Rajend / Joan Swann / Ana Deumert & William L. Leap. 2009. Introducing Sociolinguistics. Amsterdam / Edinburgh: John Benjamins / Edinburgh University Press.
  • Metzeltin, Miguel. 2005. Las lenguas románicas estándar. Historia de su formación y de su uso. Uviéu: Academia de la Llingua Asturiana / Llibrería Lingüística.
  • Metzeltin, Michael. 2015. Las lenguas: sistemas inestables pero necesarios. Luenga & Fabla 19, 9-18.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 1992. El barranqueño: un modelo de lenguas en contacto. Revista de Filología Románica 9, 225-246.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2000. Procesos de creación de lenguas fronterizas. Revista de Filología Románica 17, 367-393.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2011. El barranqueño. Un modelo de lenguas en contacto. Madrid: Editorial Complutense / Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.
  • Navas, María Victoria Sánchez-Élez. 2013. Mujeres depositarias y transmisoras de un patrimonio intrafronterizo: el ejemplo de la villa portuguesa de Barrancos. Em Margarita Almela / María García Lorenzo / Helena Guzmán & Marina Sanfilipo (Coords.), Mujeres en la frontera. 153-170. Madrid: UNED.
  • Navas, María Victoria Sánchez-Élez. 2014. Presente, pasado y futuro de una lengua de contacto lusoespañola. Em José María Santos Rovira (Ed.), Fronteras y diálogos del español y otras lenguas. 89-100. Lisboa: Axac.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2015a. Actitudes lingüísticas en una situación de contacto de lenguas. Revista de Filología Románica 32, nº1, 11-20. https://doi.org/10.5209/RFRM.54689
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2015b. El barranqueño, lengua oral versus lengua estándar: estado de la cuestión. Luenga & Fabla 19, 83-89.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2017a. O barranquenho: Língua, Cultura e Tradição. Lisboa: Edições Colibri.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2017b. Reparto de papeles en la transmisión oral desde el punto de vista del género. Em Marina Sanfilipo / Helena Guzmán & Ana Zamorano (Coords.), Mujeres de palabra. Género y narración oral en voz femenina. 63-69. Madrid: UNED.
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria. 2017c. Intercambios culturales y lingüísticos en la raya hispanoportuguesa: estado de la cuestión. Em Dolores Corbella & Alejandro Fajardo (Eds.), Español y portugués en contacto: préstamos léxicos e interferencias, Número monográfico de Zeitschrift für romanische Philologie (BZrP) 419. 79-104. Berlin / Boston: De Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110552027
  • Navas Sánchez-Élez, María Victoria & Maria Filomena Gonçalves. 2018. La codificación de una lengua oral: problemas e hipótesis. Em Roberto Antonelli / Martin Glessgen & Paul Videsott (Eds.), Atti del XXVIII Congresso Internazionale di Linguistica e Filologia Romanze, Vol. II. 1427-1438. Strasbourg: ELiPHi - Éditions de Linguistique et Philologie.
  • Piçarra, José Manuel / Zelia Pereira / V. Oliveira & José Tomás Oliveira. 2001. Breves apontamentos sobre a geologia da região de Barrancos. Barrancos: Câmara Municipal de Barrancos.
  • Quijada Coronel, Beatriz. 2012. Patrimonio cultural en la frontera Alentejo-Extremadura. Las nanas, ¿una tradición oral viva? Universidade de Évora. Dissertação de Mestrado inédita.
  • Revez, Jorge & Sandra Cascalheira (Coords.). 2010. Do saber ao contar. Memórias das tradições e ofícios dos concelhos de Almodôvar, Barrancos e Mértola. Mértola: Associação de Defesa do Património de Mértola.
  • UNESCO. 1996. Declaración universal de los derechos lingüísticos. Em Conferencia mundial de derechos lingüísticos. Barcelona, 6 a 9 de junho de 1996. http://www.unesco.org/cpp/sp/declaraciones/linguisticos.htm (11/03/2018).
  • UNESCO. 2003. Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. http://www.unesco.org/culture/ich/es/convenci%C3%B3n (11/03/2018).
  • Tuleski, Valéria Eneida Ruviaro. 2001. 'Touros de morte' em Barrancos: uma tradição da fronteira luso-espanhola. Lisboa: Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. (Dissertação de Mestrado inédita).
  • Vasconcelos, José Leite de. 1897. Mapa Dialectológico do Continente Português […] precedido de uma classificação summaria das línguas por A. R. Gonçalves Viana, Lisboa. http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/etnologia/opusculos/vol04/opusculos04_791_796.pdf (09/02/2018).
  • Vasconcelos, José Leite de. 1935. Linguagens fronteiriças. Revista Lusitana 33 (1-4), 307-309.
  • Vasconcelos, José Leite de. 1939. Da fala de Barrancos. Boletim de Filologia 6, 159-177.
  • Vasconcelos, José Leite de. 1955. Filologia barranquenha. Apontamentos para o seu estudo. Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa (reed. facsimilada, 1981).
  • Vasconcelos, José Leite de. 1987. Note sur le parler de Barrancos, em Esquisse d’une dialectologie portugaise. 125-128. Lisboa: INIC / Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. (Primeira edición de 1901).