COVID-19 e a visão

  1. José M. González-Méijome 1
  2. Rute J. Macedo de Araújo 2
  3. David P. Piñero 3
  4. Gonzalo Carracedo 4
  5. Maria J. González-García 5
  1. 1 Escola de Ciências da Universidade do Minho
  2. 2 Universidade do Minho
    info

    Universidade do Minho

    Braga, Portugal

    ROR https://ror.org/037wpkx04

  3. 3 Universidade de Alicante
  4. 4 Universidad Complutense de Madrid
    info

    Universidad Complutense de Madrid

    Madrid, España

    ROR 02p0gd045

  5. 5 Universidad de Valladolid
    info

    Universidad de Valladolid

    Valladolid, España

    ROR https://ror.org/01fvbaw18

Liburua:
A Universidade do Minho em tempos de pandemia: Tomo II: (Re)Ações
  1. Manuela Martins (coord.)
  2. Eloy Rodrigues (coord.)

Argitaletxea: UMinho Editora ; Universidade do Minho

ISBN: 978-989-8974-28-0

Argitalpen urtea: 2020

Orrialdeak: 372-388

Mota: Liburuko kapitulua

Laburpena

Durante o recente período pandémico e de confinamento observou-se um aumento do interesse pelos aspetos da saúde ocular. Por um lado, sabe-se que o olho poderá ser uma das vias de acesso do vírus ao organismo, tendo despertado um especial interesse pelos eventuais efeitos que esta via possa causar diretamente. Por outro lado, os putativos riscos que poderia implicar o uso de lentes de contacto, e ainda o possível aumento de sintomas e sinais na superfície ocular e/ou de fadiga ocular advindos do aumento do uso de dispositivos eletrónicos e redução do tempo ao ar livre, foram temas de ampla discussão. Para analisar alguns destes aspetos foram distribuídos (em formato online) dois inquéritos em Portugal e Espanha para averiguar a frequência, intensidade e possíveis mudanças nos sintomas de superfície ocular e de fadiga ocular associada ao confinamento, teletrabalho e tele-estudo. Apenas se apresentam neste trabalho os resultados dos inquéritos aplicados em língua portuguesa e respondidos a partir do território nacional.Os inquéritos de superfície ocular e de fadiga ocular foram respondidos por mais de 1800 pessoas no território nacional de Portugal. Perto de 50% dos inquiridos consideram que os seus sintomas relativos à superfície ocular se mantiveram inalterados, perto de 30% considera que aumentaram de forma ligeira ou moderada, enquanto que perto de 20% consideram que os mesmos diminuíram durante o confinamento. O inquérito de fadiga ocular mostrou que aproximadamente 40% dos inquiridos mantiveram o mesmo nível de fadiga ocular enquanto que 30% mostrou um aumento ligeiro ou moderado da fadiga ocular sendo marginal a proporção dos que referiram uma diminuição da sintomatologia.Concluiu-se que os sintomas e sinais da superfície ocular e de fadiga ocular aumentaram a sua frequência e intensidade durante o curto período de confinamento em Portugal. São ainda dadas recomendações à população e profissionais de saúde ocular para enfrentar eventuais situações similares no futuro.